Armando Cardoso, era um dos presidentes de um dos maiores empregadores de Santarém e foi detido no âmbito da "operação clean" levada a cabo pelo Ministério Público. Está em prisão domiciliária acusado de fraude fiscal qualificada que ronda os 42 milhões de euros parece que tudo começou a desmoronar.
Esta semana, a
empresa apresentou no Tribunal do Comércio de Lisboa um pedido de insolvência,
com pedido de recuperação do grupo, para travar assim o despedimento dos cerca
de 7.230 trabalhadores, que não receberam o ordenado de Fevereiro.
Numa nota enviada
a "o crime" pela empresa pode-se ler " que esta ação é o único
meio para suspender a execução do arresto da faturação presente e futura da
Conforlimpa (Tejo) acrescentando que ainda não foi notificada dos fundamentos
nem da extensão do arresto, mas que o mesmo já está a ser executado através da
cessação imediata da faturação, uma medida que a empresa considera
incompreensível e com consequências catastróficas, como o risco iminente de
despedimento de 8.045 funcionários..
A empresa frisa
ainda que deixa de ter forma de pagar os impostos, nomeadamente o IVA, e as
contribuições sociais devidas pela Conforlimpa (Tejo), num valor mensal
superior a milhão e meio de euros.
No comunicado, a
administração garante que tudo fará para preservar e defender os 8.045 postos
de trabalho, manifesta a sua solidariedade para com os milhares de funcionários
e espera evitar a convulsão social provocada pela interrupção do pagamento dos
salários e pelo despedimento dos seus trabalhadores.
Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância,
Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas que auxilia os trabalhadores da
empresa decretou para o próximo dia 25 de Março mais uma jornada de luta intitulada
" Dia nacional de luta na Conforlimpa que vai ser seguida de uma
greve de 24 horas em frente à sede da empresa em Castanheira do Ribatejo.
Para o
presidente do sindicato, Carlos Trindide em declarações feitas à TVI 24 "não
acredita nas boas intenções do grupo Conforlimpa acrescentando ainda "não
conhecer os fundamentos da insolvência. Pediu ainda "serenidade» aos
trabalhadores e aconselha-os a não abandonarem os locais de trabalho e onde
acusa a empresa de fazer chantagem emocional para com os funcionários pois, em
causa estão várias empresas de norte a sul e que deste universo fazem parte
casais, em que ambos trabalham no grupo".
Publicado no jornal semanário "O Crime" na edição desta semana
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