sábado, 9 de março de 2013

Prisão do dono da Conforlimpa envia oito mil para o desemprego


Armando Cardoso, era um dos presidentes de um dos maiores empregadores de Santarém e foi detido no âmbito da "operação clean" levada a cabo pelo Ministério Público. Está em prisão domiciliária acusado de fraude fiscal qualificada que ronda os 42 milhões de euros parece que tudo começou a desmoronar.
Esta semana, a empresa apresentou no Tribunal do Comércio de Lisboa um pedido de insolvência, com pedido de recuperação do grupo, para travar assim o despedimento dos cerca de 7.230 trabalhadores, que não receberam o ordenado de Fevereiro.
Numa nota enviada a "o crime" pela empresa pode-se ler " que esta ação é o único meio para suspender a execução do arresto da faturação presente e futura da Conforlimpa (Tejo) acrescentando que ainda não foi notificada dos fundamentos nem da extensão do arresto, mas que o mesmo já está a ser executado através da cessação imediata da faturação, uma medida que a empresa considera incompreensível e com consequências catastróficas, como o risco iminente de despedimento de 8.045 funcionários..
A empresa frisa ainda que deixa de ter forma de pagar os impostos, nomeadamente o IVA, e as contribuições sociais devidas pela Conforlimpa (Tejo), num valor mensal superior a milhão e meio de euros.
No comunicado, a administração garante que tudo fará para preservar e defender os 8.045 postos de trabalho, manifesta a sua solidariedade para com os milhares de funcionários e espera evitar a convulsão social provocada pela interrupção do pagamento dos salários e pelo despedimento dos seus trabalhadores.
Entretanto, o Sindicato dos Trabalhadores de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Actividades Diversas que auxilia os trabalhadores da empresa decretou para o próximo dia 25 de Março mais uma jornada de luta intitulada " Dia nacional de luta na Conforlimpa que vai ser seguida de uma greve de 24 horas em frente à sede da empresa em Castanheira do Ribatejo.
Para o presidente do sindicato, Carlos Trindide em declarações feitas à TVI 24 "não acredita nas boas intenções do grupo Conforlimpa acrescentando ainda "não conhecer os fundamentos da insolvência. Pediu ainda "serenidade» aos trabalhadores e aconselha-os a não abandonarem os locais de trabalho e onde acusa a empresa de fazer chantagem emocional para com os funcionários pois, em causa estão várias empresas de norte a sul e que deste universo fazem parte casais, em que ambos trabalham no grupo". 

Publicado no jornal semanário "O Crime" na edição desta semana

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