Um
aluno de 11 anos, que frequenta o quarto ano da primária de cortiçóis,
Benfica do Ribatejo agrediu a professora. As agressões têm sido
frequentes e recaído mais nos funcionários, mas desta vez o alvo foi a
professora que apresentou queixa crime contra o aluno. A direcção do agrupamento aguarda novo parecer do
médico que acompanha a criança.
Tudo
se passou no recinto da escola pouco antes das aulas começarem. Uma criança
estava a jogar à bola com os seus colegas e sem querer acertou na cabeça num
dos rapazes mais problemáticos da escola. Este não se conteve e partiu para a
agressão ao colega de escola que sofreu algumas arranhadelas no pescoço e só
não ficou pior porque a professora chegou entretanto e separo-os. Não contente
com o sucedido o rapaz agrediu a professora ao pontapé em todas as partes do
corpo.
"O
crime" esteve na localidade de Cortiçois e em conversa com os encarregados
de educação apurou que as agressões tem sido constantes e antes desta agressão
à professora a ultima foi a uma funcionária da escola.
Os
médicos diagnosticaram-lhe a doença de hiperactividade encontrando-se a ser
seguido por especialistas em Lisboa estando a criança a ser medicada. O nosso
jornal tentou falar com a mãe do rapaz que agrediu a professora, junto do seu
local de trabalho mas já não se encontrava.
Uma
fonte próxima da família adiantou-nos que "o miúdo em questão é uma criança
simpática, afável, sorridente e que a mãe está preocupada com a situação
estando a fazer tudo por tudo para solucionar este problema" Adiantou que
já foi visto por vários especialistas e que a medicação é dada a tempo e horas
não existindo nenhuma negligência por parte da mãe em relação ao filho".
Patrícia
Cardoso, mãe do rapaz que foi arranhado no pescoço em declarações ao nosso
jornal contou que soube do caso através do filho quando chegou a casa para
almoçar e lhe contou que não tinha escola à tarde contando-lhe o sucedido.
Acrescentou ainda que " esta situação tem se vindo a agravar-se e que
queremos rapidamente uma solução para que se evitar este tipo de situações e
digo-lhe mais a escola serve para aprender e os pais para educar".
CCPJ de Almeirim
alerta para o superior interesse da criança
Os
técnicos superiores da CCPJ que estiveram no local juntamente com a GNR,
através do programa especial "Escola Segura" e quando confrontados se
realmente conheciam o caso sobre a agressão à professora referiram apenas que
não estão autorizados a falar sobre os processos, mas alertaram que a criança
deve ser protegida dos holofotes da comunicação social e antes de se falar de
um assunto destes temos que ter em conta o superior interesse da criança.
Associação de
Pais defende que a criança deve ser medicada não carece de
problemas
Para
Pina Nunes, presidente da associação de pais do agrupamento de escolas Febo
Moniz em entrevista por mail ao nosso jornal considerou que se trata de um caso
muito particular, na medida em que temos que tomar em consideração que o aluno
agressor, é uma criança que sofre de uma patologia do foro psiquiátrico.
Sabemos que a criança está a ser acompanhada clinicamente, mas que sofreu
recentemente alterações na medicação que lhe tem vindo a ser ministrada, e que,
eventualmente, por esta razão, terá provocado alterações no comportamento
desta. Na nossa opinião, deveriam existir medidas sociais e legais que
permitissem dar o acompanhamento, resposta e o suporte cabal para crianças como
estas, bem como para as suas respectivas famílias e escolas onde as mesmas se
encontram inseridas, o que, infelizmente, assim não acontece. Terminou dizendo
que "se a criança estiver devidamente medicada, não oferece qualquer
perigo para os demais colegas de escola, família ou restantes elementos da
comunidade escolar. Sabemos que a família tem-se esforçado para encontrar o
melhor acompanhamento médico/clínico para a criança, mas há situações que escapam
ao controlo do ser humano"
Reportagem publicada na edição nº 1602 do jornal semaário "o Crime"