Detido pela GNR, o visado defende-se em declarações exclusivas a “o Crime”: “Fizeram uma tempestade num copo de água porque se tratava de uma figura pública, mas não se preocuparam em saber a verdade.”
O cavaleiro tauromáquico, Pedro Salvador, de 35 anos, residente em Marinhais, foi detido e identificado pela GNR, no passado dia 13 de Novembro, e posteriormente presente ao Tribunal de Vila Franca de Xira por se encontrar na posse de uma nota de 50 euros e de três notas de 20 euros falsas. A detenção ocorreu quando o cavaleiro tentou pagar, com a nota de 50 euros, o combustível que colocou na sua viatura no posto de gasolina da Repsol, junto à EN118. Além disso, teria também na sua posse uma arma de caça, não possuindo licença de uso e porte de arma. Segundo fonte policial, apenas a nota de 50 euros estava bem falsificada e as restantes três notas de 20 euros “eram facilmente identificadas até por um leigo”.
Pedro Salvador, em declarações exclusivas ao jornal “o Crime”, rebateu as acusações divulgadas em dois órgãos de comunicação social: “O que aconteceu foi inesperado até para mim e podia ter sucedido com qualquer pessoa e em qualquer lugar. Eu lido todos os dias com dinheiro nos meus estabelecimentos e confesso que não sei distinguir quando uma nota é falsa ou verdadeira.
Aliás, nem me preocupava com isso, porque achava que isso do dinheiro falso era mais conversa que outra coisa. Em relação à arma de caça ela está absolutamente legal e tenho uso e porte de arma podendo assim usá-la legalmente”.
Ao contrário do que foi divulgado publicamente, Pedro Salvador nega ter estado preso durante dois dias: “Eu nunca estive preso. Apenas fui identificado e prestei todas as declarações. Apresentei todas as provas estando sempre na minha casa. Respondi pelos meus actos perante o juiz de instrução do Tribunal de Vila Franca de Xira, no dia 15, tendo ficado provado que nada tive a ver com a falsificação do dinheiro”. O cavaleiro não esconde a sua mágoa com as notícias avançadas em alguns órgãos de Comunicação Social, nomeadamente pelo jornal Correio da Manhã: “A seu tempo os vários órgãos de comunicação social que avançaram com títulos sensacionalistas vão ser chamados a responder pelo que escreveram. Se isto acontecesse com uma pessoa que não fosse figura pública não teria grande impacto, mas como era eu o caso já foi diferente.
Não se preocuparam em saber a verdade, limitando-se apenas, no dia em que eu enviei um comunicado de imprensa a escrever três linhas”. Pedro Salvador não esquece os seus admiradores e à família: “Foram os pilares que me ajudaram a ultrapassar estes momentos difíceis e é nestas alturas que se conhecem as pessoas e se conhecem os verdadeiros amigos. Só tenho que agradecer todo o apoio pois é para eles que eu trabalho.”
Entrevista em texto corrida escrito por Nuno Sotto Mayor
Publicada no jornal Semanário, "O Crime"
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