O incêndio que deflagrou hoje pelas 15h em Azeitão, Figueiró dos Vinhos, encontra-se controlado, disse o comandante distrital de operações de socorro de Leiria, José Manuel Moura.
O fogo consumiu floresta e chegou a ser combatido por 254 operacionais, com o auxílio de 70 veículos, dois aviões e dois helicópteros.
O combate às chamas ficou marcado pela morte de um bombeiro da corporação de Figueiró dos Vinhos.
Voluntário há 19 anos
Vítor Mundinho, de 53 anos, contava com 19 anos ao serviço nos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos e era funcionário da Câmara Municipal.
O comandante da corporação de Figueiró dos Vinhos, Joaquim Pinto, afirmou que o bombeiro estava sozinho numa viatura de abastecimento de água e, quando já estava a regressar à zona de combate, depois de atestar o depósito do carro, "foi apanhado pelo fogo", vindo a morrer.
O acidente ocorreu poucos minutos antes das 17h em Aldeia de Ana de Avis, que chegou a estar ameaçada pelas chamas.
A viatura que conduzia caiu numa ravina, numa estrada 'cercada' por um eucaliptal, numa curva apertada, em direção à localidade de Azeitão.
Familiares recebem acompanhamento psicológico
A família do bombeiro está já a receber acompanhamento psicológico, disse à Lusa o presidente daquele município, Rui Silva.
"Já se encontra uma psicóloga a prestar todo o apoio necessário à família do bombeiro que hoje morreu ao serviço do concelho", informou o autarca.
"É um dia muito negro para Figueiró dos Vinhos, mas todos temos de saber enfrentar as adversidades. Tenho que deixar uma palavra de ânimo aos bombeiros e reforçar os pêsames a toda a família deste profissional que morreu ao serviço de Figueiró", acrescentou.
Também à Lusa, o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Figueiró dos Vinhos, Filipe Silva, definiu como um "grande choque" a morte do bombeiro, que "desmotiva e desmoraliza toda a corporação".
"Não há palavras para descrever esta tragédia", disse.
Também o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses lamentou a morte de Vítor Mundinho, "um grande cidadão de Portugal" e que merece "o respeito da sociedade portuguesa.
Jaime Marta Soares disse que se perdeu "um homem, motorista de profissão, que, com orgulho, muitas vezes deixava a sua casa, a família e os filhos, para ir prestar uma função cívica e ajudar a resolver os problemas de quem sofre"
Fonte - Expresso
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