Marca portuguesa de acessórios de moda está em 38 países. Prevê acabar 2012 com mais 89 lojas. Já abriu 40.
Para o Médio Oriente, há que reforçar o envio de artigos brilhantes, sobretudo dourados. Já os acessórios com cruzes estão proibidos em países como a Arábia Saudita, por questões religiosas. E devido ao clima quente, também não convém apostar na venda de gorros ou cachecóis. Já na Europa de Leste impõe-se um bom stock de têxteis e calçado para o frio. Na Parfois, sabe-se que a partir de Agosto não vale a pena tentar vender sandálias na Rússia. Nessa altura, já os clientes estão a preparar-se para temperaturas de fazer bater o dente.
Com 303 lojas, em 38 países, estas são algumas das regras que a marca portuguesa de acessórios de moda lançada em 1994 tem de seguir para ganhar mercado no exterior. Este ano já abriu 40 lojas e até ao final de 2012 deverá inaugurar mais 49. Algumas serão espaços próprios – que mereceram um investimento de três milhões de euros em Portugal, Polónia, França e Espanha –, outras em regime de franchising.
A América Latina é a mais recente geografia no mapa da Parfois. Em Maio estreou-se na Venezuela e no início deste mês aterrou na Colômbia. Nos próximos dois meses: Panamá e a República Dominicana. «É uma região para expandir. Deveremos ter entre oito a dez lojas até ao final do ano», explica ao SOL o director-executivo da Parfois, Sérgio Marques, indicando que o continente já estava no radar, mas só para 2013. O interesse em importar a marca por parte de um operador sul-americano acelerou o processo.
Este ano, também a Macedónia passará a estar na lista de internacionalizações da empresa de Rio Tinto, que tem apostado na expansão na Europa Central e de Leste e no Médio Oriente, onde quer estar em todos os países.
Expansão no Médio Oriente
Com 110 lojas próprias em Portugal – de um total de 145, também em Espanha, França e Polónia – e 34 franquias, modelo eleito para crescer no estrangeiro, a Parfois está hoje presente em países tão diferentes como Oman, Bósnia, Cazaquistão, Filipinas, Angola, Egipto ou Chipre.
«Não há países em que seja fácil entrar, mas a Arábia Saudita é um caso de grande sucesso», conta Sérgio Marques, antecipando que das 25 lojas que tem neste país, pelo menos duas estão entre as recordistas de vendas. «É no Médio Oriente que crescemos mais», sublinha, recordando que a Geórgia, onde lançou sete lojas em ano e meio, também «foi uma surpresa».
Empregando 1.100 pessoas, e com uma facturação de 60 milhões de euros em 2011, 63% das venda em loja da Parfois vêm do exterior. «Este ano, orçamentámos crescer 21% mas vamos crescer bastante mais. Estamos 10% acima do orçamento», assegura o responsável. Ainda que as vendas em Portugal estejam a cair 9% e esteja «apreensivo» quanto a Espanha, onde tem 42 lojas, Sérgio Marques indica que até Junho o volume de negócios aumentou 34%, para 34,9 milhões de euros.
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