"O pai fez
mal à mãe da Laurinha" Foram as primeiras palavras que a menina disse
aos familiares quando foi encontrada numa outra divisão da casa e com um
hematoma na cabeça. Estava com as mangas do pijama molhadas e extremamente
nervosa.
"Porque
é que ele fez aquilo à minha sobrinha! Se
ele se queria matar porque não se matou só ele" estas foram as palavras
que Cremilde, tia de Ana Oliveira proferiu junto à vivenda, visivelmente
emocionada e incrédula como a sobrinha foi encontrada morta.
O
"Crime" esteve no local e conta como tudo aconteceu: o alerta que
algo de estranho se passava foi dado por
parte do patrão de Paulo Martins que estranhou o seu atraso pois, não era normal.
Decidiu ligar para o pai e perguntar pelo mesmo. Este disse que não sabia e
decidiu ligar. Como não atendeu foi até
à vivenda, onde morava e como viu tudo
fechado estranhou. Chamou a GNR que arrombaram a porta. Lá dentro a casa estava
toda revirada deparando-se com Ana afogada na banheira e partes da casa
cheias de sangue incluindo a casa de banho. Minutos depois foram ao anexo da
casa,que servia de garagem encontrando Paulo enforcado junto ao carro. As
chaves e os documentos estavam no tablier da viatura. No local estiveram os bombeiros municipais de
Salvaterra de Magos, o INEM, a GNR e a PJ que tomou conta da ocorrência, uma
vez que, é da sua competência.
Ana,
actualmente estava desempregada e Paulo trabalhava num armazém de uma das
maiores empresas que vende materiais de construção - Quitérios. Eram casados pelo registo civil há cerca de
cinco anos, mas há muito que o casamento não estava a correr bem e dormiam em
quartos separados há três anos.
Segundo
relatou a tia de Ana ao nosso jornal " ela tinha entrado com o processo de
divórcio e apresentou queixa por violência doméstica na GNR da qual eu fui
testemunhar a favor dela. Acrescentou ainda " desde que a filha nasceu a
relação deles mudou e o Paulo nunca mudou uma fralda à menina. Aliás, a Ana
contava que já estava farta de viver assim e que queria paz, mas nunca contou
que ele lhe batia agora o que se passava dentro de portas nós não sabemos".
Queixas por
violência Doméstica
Fonte
familiar, que pediu para não ser identificada, contou ao "Crime" que "
a primeira queixa contra o Paulo foi apresentada
em Santarém no Gabinete de Apoio à Vitima. Esta por sua vez, informou à Comissão de Protecção de Menores
de Salvaterra que chamou a mãe e a menina. O que ele encontrou em casa foi o
processo de pedido de apoio judiciário para o divórcio que estava dentro de uma
pasta castanha. Para além disso, a Ana
deu entrada por várias vezes ao Hospital de Santarém para ser vista por psicólogos
devido ao seu estado".
Namoro arranjado
Apuramos junto dos familiares de Ana que Paulo foi o
seu único namorado e o namoro começou quando ela trabalhava numa loja de roupa.
Ele era irmão da colega e na altura tinha terminado o relacionamento com outra
pessoa. Namoraram durante algum tempo e decidiram dar o nó. Desta relação
nasceu Laura de 3 anos que terá assistido a tudo.
"O pai fez
mal à mãe da Laurinha"
Foram as primeiras palavras que a menina disse
aos familiares quando foi encontrada numa outra divisão da casa e com um
hematoma na cabeça. Estava com as mangas do pijama molhadas e extremamente
nervosa.
As
suas palavras, levaram os inspectores da PJ a colocarem a hipótese de a criança
ter assistido à morte da mãe. Laura foi acompanhada por uma prima até ao hospital de Santarém,
onde fez alguns exames sendo logo, accionado uma psicóloga que a acompanhou O nosso jornal sabe que na noite do crime a criança passou a noite na unidade
hospitalar por precaução e que mais tarde confessou ter visto.
Familiares de
Paulo inconsoláveis
"O
crime" chegou à fala com os familiares de Paulo Martins , designadamente a
sua mãe, mas esta disse "eu não estou em condições nem físicas nem
psicológicas para falar e antes que diga alguma coisa que não deva prefiro não
dizer nada". Até ao fecho da nossa edição não obtivemos quaisquer declarações
por parte do irmão de Paulo Martins, Augusto Martins que vivia próximo dele.
"Nunca
esperávamos tal coisa do Paulo"
Estas
foram as palavras de uma colega de trabalho de Paulo Martins que com as
lágrimas no rosto, em declarações ao nosso jornal disse " ainda não estou
em mim e em tantos anos que trabalhei com ele não vi nenhuma agressividade
vinda da parte dele. Agora o que eu sabia era que ele não estava bem com a
mulher dele e mais não sei dizer".
Escrito por Nuno Sotto Mayor e publicado no jornal "o crime" na semana passada
Escrito por Nuno Sotto Mayor e publicado no jornal "o crime" na semana passada
Sem comentários:
Enviar um comentário