Como é habitual quando um ministro se demite apresenta o motivo da
demissão ao Primeiro Ministro. No comunicado que enviou aos órgãos de
comunicação social o ex ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Portas
disse que "o pedido de demissão, é irrevogável, obedeço à minha
consciência e mais não posso fazer". No mesmo lançou duras criticas ao
seu parceiro de coligação, Passos Coelho, onde diz claramente que o PM
"entendeu seguir o caminho da mera continuidade no Ministério das
Finanças".
Paulo Portas diz que alertou o PM do seu desacordo, mas que entende a
sua decisão e que todos conhecem as diferenças políticas que teve com o
Ministro das
Finanças, Vitor Gaspar, mas na sua opinião "com a demissão pessoal de
sair permitia abrir um ciclo político
e económico diferente. A escolha feita pelo Primeiro-Ministro teria,
por isso, de ser especialmente cuidadosa e consensual e expressei,
atempadamente, este ponto de vista ao Primeiro-Ministro que,
ainda assim, confirmou a sua escolha. Em consequência, e tendo em
atenção a importância decisiva do Ministério das Finanças, ficar no
Governo seria um acto de dissimulação. Não é politicamente sustentável,
nem é pessoalmente exigível.
Ainda hoje, Passos Coelho falará ao país e recorde-se que mesmo com a
demissão de Paulo Portas a nova ministra das finanças, Maria Luis
Albuquerque tomou posse.
Escrito por: Nuno Sotto Mayor
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