A PJ em conjunto com a colaboração
das Direções de Finanças do Porto, de Coimbra e da DSIFAE-Lisboa,
desencadearam hoje uma operação policial, onde realizaram cerca de três dezenas de buscas em
diversas localidades da zona norte e centro do país e um homem de 45 anos foi detido suspeito de ser o líder do
grupo criminoso.
Este grupo já actuava há vários anos, onde alegadamente terão praticado vários crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, através de aquisições e de transmissões intracomunitárias de bens.
Este grupo já actuava há vários anos, onde alegadamente terão praticado vários crimes de fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, através de aquisições e de transmissões intracomunitárias de bens.
Entre 2010 a 2012, este grupo terá tido lucros superiores a a 5,5 milhões de euros,
cujos proventos ilícitos eram depois dissimulados através de operações
de transferência, por forma a branquear a sua origem. Trata-se
de aquisições intracomunitárias relacionadas com o comércio de pneus,
efetuadas por operadores nacionais a empresas comunitárias, cujos
valores apresentam divergências entre os valores declarados nos países
estrangeiros e a não declaração dos mesmos verificada em Portugal.
Tal
omissão fazia com que os bens entrassem em Portugal e fossem
transacionados à margem de qualquer controlo da Administração Fiscal,
acabando por ser introduzidos no consumo sem a respetiva emissão de
fatura, sendo a mercadoria transacionada sem que se conhecessem dados
relevantes como a quantidade, o tipo e o valor da mesma.
Paralelamente,
apurou-se existirem empresas sedeadas ou com estabelecimento estável em
Portugal que compraram pneus no mercado nacional, tendo a seguir
efetuado transmissões intracomunitárias de bens isentas de IVA a
uma sociedade constituída em Espanha e sobre a qual recaem fortes
indícios de estar envolvida num circuito fictício de mercadoria,
integrando um esquema de fraude ao IVA do tipo carrossel. O detido foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva.
Escrito por: Nuno Sotto Mayor
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