domingo, 21 de julho de 2013

Cavaco: "A solução alternativa é continuação do atual Governo"

O Chefe de Estado, Cavaco Silva, afirmou este domingo ao País que, não sendo possível chegar a um acordo de salvação nacional, a "solução alternativa é a continuação do atual Governo".

O Presidente anunciou ainda que a maioria de coligação PSD/CDS vai apresentar uma moção de confiança no Parlamento.

Assim, Cavaco Silva afasta o cenário de eleições antecipadas, depois da incerteza e da crise política que durou vinte dias.

"O cenário de eleições antecipadas não é o melhor para o País. Desta forma, a solução alternativa passa pela continuação do atual Governo de coligação", referiu.

Cavaco avisou ainda que, apesar do Governo se manter em plenitude de funções, "nunca abdicará de nenhum dos poderes que a Constituição lhe atribui".

"Quero afirmar aos portugueses que, se o atual Governo se mantém em plenitude de funções, o Presidente da República nunca abdicará de nenhum dos poderes que a Constituição lhe atribui", afirmou Cavaco Silva, no final da sua comunicação.

O Chefe de Estado salientou que "a garantia de governabilidade e o exercício das competências constitucionais de cada órgão de soberania representam o melhor sinal de confiança que devemos transmitir aos portugueses".

REAÇÕES À DECLARAÇÃO DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

"Foi um discurso anunciado, inevitável. O cenário mais prevísivel e sensato era este", professor Marcelo Rebelo de Sousa.

"Esta solução põe o Governo numa situação ainda mais débil. Não só o Governo, como também o próprio Presidente da República", José Sócrates, ex-primeiro-ministro.

"O PS discorda politicamente da decisão do Presidente da República, mas respeita-a institucionalmente"; "O País precisa de um novo rumo", Alberto Martins, PS.

"Não se compreende como a insistência na mesma receita pode dar um resultado diferente", João Semedo, Coordenador do Bloco de Esquerda.

"Cavaco Silva confirma a sua opção estratégica"; "O compromisso de salvação nacional não foi mais do que um exercício para aprisionar o país a uma política de direita", Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP.

"A decisão do Presidente da República foi a mais acertada. A convocação de eleições antecipadas seria um grave dano e implicaria um segundo resgate. Portugal tem uma maioria coesa com um Governo estável que tem condições de governabilidade", Nuno Melo, vice-presidente do CDS-PP.

"Não fomos consultados sobre vir ao mundo, mas temos de ser consultados nestas matérias porque o povo português não é espetador, é protagonista e tem de ser chamado a dizer o que pretende para o futuro", Arménio Carlos, secretário-geral da CGTP.

Fonte CM


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