Almeirim de Boa Memória foi o tema do colóquio que decorreu ontem na biblioteca municipal Marquesa de Cadaval. Este colóquio culminou com o encerramento das comemorações dos 600 anos da cidade de Almeirim. Participam neste colóquio como oradores: Jorge Custódio, Eurico Henriques, José Andrade e Elias Rodrigues. Todos os oradores presentes na mesa chamaram a atenção da autarquia para que esta cuide do património existente na cidade fazendo um levantamento de todos os locais de modo a preserva-los não deixando cair ao abandono e muito menos no esquecimento.
Elias Rodrigues, arquiteto e autor da maquete da cidade em 3D em colaboração com o professor Eurico Rodrigues que lançou o mote da conversa no sentido de qual será a melhor maneira de levar a história de Almeirim/cultura mais longe para que esta não se perca.
A resposta partiu da parte do diretor do Convento de Cristo, Jorge Custódio que referiu perante todos os presentes que Almeirim era falada nas principais cortes reais internacionais como por exemplo em Aia e no tempo do rei D. João terceiro foi um grande centro de decisões politica e para além disso, no tempo do rei D. Duarte também porque como ele era um apaixonado por música criou uma escola de música formando algumas pessoas. Acrescentou ainda que "a cultura deve estar enraizada e deve fazer parte da vida de todos, mas em Almeirim essa génese está a desaparecer e o se deve fazer agora é preservar aquilo que existe atualmente e não deixar cair no abismo fazendo um levantamento exaustivo daquilo que existe para ver a sua interpretação, mas isso depende das instituições que tempo este departamento quererem fazer este trabalho".
Para o professor e historiador, residente em Almeirim na sua intervenção disse que se congratula com a opinião de Jorge Custódio realçando a importância da cidade no tempo das cortes através de uma cronologia histórica.
No final, foi apresentado um livro intitulado " O espirito de Almeirim" que será lançado em Outubro, e onde o autor José Andrade referiu durante a sua intervenção " que este livro venha ser util para motivar o orgulho dos almeirinenses e consolidar o afeto e a paixão que muitos de nós tem por esta cidade outrora vila porque sem paixão e esforço não se vai a lado nenhum". Acrescentou ainda que " a preservação da memória coletiva é condição e janela de oportunidades para o desenvolvimento do futuro".
Ainda durante este colóquio, foi possível assistir a uma representação de um dos autos de Gil Vicente, "O Monólogo do Vaqueiro" representado por Tiago Fernandes, ator que veio de Lisboa interpretar este auto.
Para o vereador da cultura, em declarações ao blog "Mundo do Jornalismo" referiu que " o balanço destas acções que decorreram ao longo de seis meses e que hoje termina com este colóquio foram bastante positivas e já a partir de Outubro mais eventos culturais irão brindar os Almeirim com mais manifestações culturais".
Escrito por: Nuno Sotto Mayor
Sem comentários:
Enviar um comentário