O primeiro-ministro publicou hoje uma mensagem no seu mural da rede social Facebook reiterando que as medidas de austeridade que anunciou na sexta-feira "representam um passo necessário e incontornável no caminho de uma solução real e duradoura".
Na mensagem, Pedro Passos Coelho dirige-se aos portugueses chamando-lhes "amigos" e afirma que esse foi "um dos discursos mais ingratos que um primeiro-ministro pode fazer": ter de "informar os portugueses, que têm enfrentado com tanta coragem e responsabilidade este período tão difícil da nossa história, de que os sacrifícios ainda não terminaram".
"Não era o que gostaria de poder vos dizer, e sei que não era o que gostariam de ouvir", acrescenta.
"Não baixaremos os braços"
"Queria escrever-vos hoje, nesta página pessoal, não como primeiro ministro mas como cidadão e como pai, para vos dizer apenas isto: esta história não acaba assim. Não baixaremos os braços até o trabalho estar feito, e nunca esqueceremos que os nossos filhos nos estão a ver, e que é por eles e para eles que continuaremos, hoje, amanhã e enquanto for necessário, a sacrificar tanto para recuperar um Portugal onde eles não precisarão de o fazer", assegura.
O chefe do executivo PSD/CDS anunciou na sexta-feira mais medidas de austeridade para 2013, que têm gerado um coro de protestos generalizado.
Portugal é um "exemplo"
Na mensagem hoje publicada na sua página do Facebook, o primeiro-ministro sublinha que Portugal "é hoje um exemplo de determinação e força", e que "esse é o resultado direto dos sacrifícios que todos temos feito", contrapondo, embora, que "para muitos Portugueses, em particular os mais jovens, essa recuperação não tem gerado aquilo que mais precisam neste momento: um emprego".
"Quem está nessa situação sabe bem que este é mais do que um problema financeiro - é um drama pessoal e familiar, e as medidas que anunciei ontem [sexta-feira] representam um passo necessário e incontornável no caminho de uma solução real e duradoura", afiança.
"Vejo todos os dias o quanto já estamos a trabalhar para corrigir os erros do passado, e a frustração de não poder poupar-nos a estes sacrifícios é apenas suplantada pelo orgulho que sinto em ver, uma vez mais, do que são feitos os portugueses", observa.
A concluir, deixa um "obrigado a todos" e assina só com o nome próprio, Pedro
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