Os polícias vão juntar-se no próximo sábado à manifestação convocada pela CGTP para o Terreiro do Paço, em Lisboa, para protestar contra aquilo que esta central sindical apelida de "roubo dos salários, pensões e reformas".
"A única forma que temos de dar voz e de manifestarmos a nossa discordância com todas estas medidas é participar em todas as ações de protestos organizadas pelas centrais sindicais bem como naquelas que sejam organizadas pelos vários sindicatos das várias polícias", disse à TSF o coordenador da comissão de sindicatos das forças de segurança, Paulo Rodrigues.
Em declarações à Lusa, Paulo Rodrigues disse ainda que "há um duplo sacrifício que está a ser pedido aos profissionais das várias polícias, não só porque se aplica esta redução de vencimento, mas por problemas internos, como a não alteração dos estatutos profissionais ou a não aplicação de estatutos a todos os profissionais, como acontece na PSP e na GNR".
"Em nosso entender, é uma política que não é nada conveniente nem para os portugueses nem especificamente para os polícias", acrescentou.
"Os polícias estão em luta e, por isso, decidiram participar em todas as ações de protesto contra estas medidas [de austeridade] que sejam organizadas pelas centrais sindicais, UGT ou CGTP, iniciando a participação já no dia 29, na manifestação agendada pela CGTP", sublinhou Paulo Rodrigues.
Greve à vista?
Na reunião de segunda-feira em que participaram sindicatos representativos da Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), guardas prisionais, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e Polícia Marítima, esteve ainda em cima da mesa a convocação de uma greve.
"Alguns sindicatos que pertencem à comissão coordenadora e que têm o direito de fazer greve, como por exemplo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, do Sindicato da Guarda Prisional e do sindicato da ASAE, estão a ponderar fazê-lo", disse ainda à TSF Paulo Rodrigues.
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